Mundo de Nàrnia.

Mundo de Nàrnia.
Mundo de Nárnia

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Nárnia: um estudo.


Eu já me referi aqui no meu blog às “Crônicas de Nárnia” e me detive a analisar alguns aspectos da questão. Não apenas por ser um mundo imaginário dentro de um mundo imaginário de um escritor, C. S. Lewis, mas cheguei a comparar o sacrifício de Aslam ao sacrifício de Jesus, numa visão teológica do livro. Quero começar falando da escrita saborosa – nos dois sentidos, o de escrever propriamente dito e o das descrições das comidas – de C. S. Lewis. Primeiro porque ele escreve dando sabor ao que escreve. É uma dimensão perdida nos filmes, que no livro temos com intensidade. A comida adquire sabor quando lemos, a luz se torna diferente (como em “A Viagem do Peregrino da Alvorada”), o frio se torna mais frio (como em “A Cadeira de Prata”), o sol adquire outros tamanhos, as batalhas se tornam realmente acaloradas, o caminhar dá a dimensão do cansaço de cada um que anda pelos bosques de Nárnia, ou nos desertos da Calormânia, (“ O Cavalo e seu menino”) temos sensações que os filmes, lá na telona, não dão, pois se limitam ao ver e ouvir, a roteiros presos onde deve constar a aventura. Não que eu não goste dos filmes, eles tem seu valor enquanto elementos de melhor visualização dos dramas. Falo presos porque exigem ação, exigem movimento, exigem criações de situações dramáticas que não estão nos livros para valorizar esta ação. Tem o seu valor intríseco. E sempre é bom ver um bom filme.
    Mas nada se compara a uma leitura do livro onde você só conta com sua imaginação para criar cada passo dos heróis, os bosques, as longas caminhadas, o navegar do Peregrino da Alvorada, a fome que bate depois de longas caminhadas no frio, a esperança de um banho quente depois deste frio(“A Cadeira de Prata”), a areia escaldante do deserto, o andar por uma cidade cheia, a alegria de se ver salvo. Há uma coisa curiosa sobre a ordem de escritura dos livros: dizem que o primeiro livro a ser escrito por C. S. Lewis foi de fato “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa”, mas na ordem cronológica das Crônicas, “O Sobrinho do Mago” é que vem  em primeiro lugar. A ordem cronológica é esta:
1.   O Sobrinho do Mago
2.   O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa
3.   O Cavalo e seu menino
4.   Príncipe Caspian
5.   A Viagem do Peregrino da Alvorada
6.   A Cadeira de Prata
7.   A Última Batalha.

     Cada um cheio de riquezas, de valores morais, ética, coragem, sacrifício, bondade e respeito pelo próximo. É preciso ler para fruir com gosto as descrições do autor, as delícias da comida de Nárnia, seus cheiros, o som dos seus rios, a leve aspereza de sua grama, o sono nas horas de dormir e os levantares, a luz do Mar do Fim do Mundo, as colinas do fundo do mar, as pastoras de peixes, o doce da água deste mar, que matava a sede e também a fome, o gosto do jantar da Sra. Castor, (O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa) o revigoramento às pessoas trazido pela água do Fim do Mundo, a engraçada ação dos animais falantes no primeiro dia da criação de Nárnia (“O Sobrinho do Mago”)e tantas coisas deliciosas criadas pela imaginação durante a leitura. E não só deliciosas. Conte com um frio na espinha ao ler a descriação de Nárnia e a reação dos anões durante a batalha e a visão breve do Rei Trinian, último rei de Nárnia, durante uma noite de pesadelo (“A Última Batalha”), o susto das crianças na Terra dos Gigantes ao saber quem seria a comida (“A Cadeira de Prata”), a fuga de Caspian para salvar a própria vida (“Príncipe Caspian”). Ou a emoção, junto com Suzana e Lúcia na morte de Aslam, que elas vêem de longe (“O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa”).
    Tudo isso e muito mais sentimos ao mergulharmos na leitura. Ficamos plenos de Nárnia por todos os poros. E começamos a contar aos outros a nossa aventura de ler o livro, querendo ser entendidos por quem também goste dessas aventuras, como nós. Ou como a criança de seis anos que responde “Eu também”, quando o escritor C. S. Lewis diz que odeia ameixas secas, num hotel. Houve simpatia entre ambos no primeiro instante. É essa simpatia que se espera encontrar em quem vai ouvir as nossas aventuras em Nárnia. Não basta dizer: “Eu li o livro”. É preciso um coração amante para desbravar as delícias da terra de Nárnia.

Fátima Braga, 27 de abril de 2012.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

O dia do tudo.

Hoje é dia do tudo.
É bom o dia do tudo.
Comemos o que quisermos
Falamos com quem gostamos
Só temos encontros bons.
Não há brigas de amor
Não há desentendimentos
Simplesmente abrimos nossas asas
E aparecemos ao mundo com um sorriso aberto.

Um sorriso franco, que só o dia do tudo pode dar.
Olhamos um animal com mais apuro
Gostamos das gracinhas dele.
No dia do tudo, tudo de bom é permitido.
Tomar um sorvete na esquina
Olhar para nossos amigos com
Ares mais camaradas.
No dia do tudo, os medos não existem.
A vida fica melhor e mais fácil
Que bom seria se todos os dias fossem dia do tudo!


Fátima Braga, 26 de abril de 2012.



sexta-feira, 13 de abril de 2012

Dia do beijo

Hoje é dia do beijo
Sigo beijando a minha estrada,
Que ainda não contornei.
Sigo beijando ao vento
ùnico que me compreende,
pois deixa minhas palavras soltas no ar.
Sigo beijando a vida
Única de se amar.
Sigo beijando as pedras,
que se aliam aos meus silêncios.
Defensoras da paz, pois estão quietas.
Sigo beijando o rio,
que é lindo.
Sigo beijando o mar, que é meu paraíso.

Neste dia do beijo,
deixo para os loucos amantes a opção do beijo.
Meu beijo prossegue sereno,
Calmo, não olvidado, intrasigente
Pois só se entrega ao amor.
Percorro estradas infinitas e sigo caminhando.
Estou cavalgando o tempo,
Estou armando tempestades,
Estou desbravando o próprio sol.
Quero calar meu grito de dor
Neste dia do beijo,
E beijar a Natureza, única que já se entregou.
E dizer adeus aos amores impuros, às taças venenosas,
Aos pântanos onde desesperos se atolam.
E viver neste dia do beijo
A paz esperada e fiel.
Como um cavalo galopando.
Fui.

Fátima Braga, 13 de abril de 2012 - Sexta-feira.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Perguntas a Jesus.

Porque tanto sofrimento, Mestre?
Porque as ratazanas foram tão cruéis
E maltrataram tanto o Senhor?
Se era pra matar não podia ser mais rápido e mais fácil?
Porque tanta maldade com um homem tão bom?

Eles tinham medo do senhor, achavam que
O Senhor questionava o poder deles.
Mas porque foram tão cruéis e armaram o bote
De forma tão vil?
Francamente, o Senhor nunca foi ameaça para eles.
Vivendo e dizendo o que o Senhor dizia.
Acho que eles eram uns burros, que não o entenderam.
Porque a cruz, Mestre?
Não tinha outro meio de eles conseguirem o que queriam
Se eles tinham que conseguir o que queriam?
Outra forma de morrer, se o Senhor tinha que morrer
Para resgatar os pecados do homem.
Porque tanta crueldade?
Pra que a flagelação romana?
Porque a coroa de espinhos?
Porque tantas chicotadas?
Se Pilatos disse que não encontrou culpa no Senhor
Mas foi um covarde, lavando as mãos, com medo das ratazanas.
O Senhor não merecia ser tratado como foi.
Quando eu chegar aí do outro lado, vou lhe dizer
E lhe perguntar tudo isto.
Por enquanto fique com o amor que tenho pelo Senhor.
Que é muito grande, Mestre.

Deus de mim mesma.


Deus de mim mesma.

Hoje quero falar de coisas que machucam. 
Que não são necessariamente más ,nem necessariamente boas. 
Mas que fazem de nós vítimas ou culpados 
De circunstâncias que não controlamos. 

Hoje quero falar da dor do mundo 
da dor de Deus, 
da dor dos astros, 
da dor dos infinitos 
que não encontram paz. 
E se hoje quero falar da dor 
é porque ela existe e dói. 

E quase não posso evitar a canseira desta dor doída 
que arrebenta, 
que explode em fogo, 
que não traz alivio de espécie alguma 
e que é incontrolável. 

O nome dessa dor também é fúria. 
Mas a fúria um dia explode e termina. 
Mas quisera eu que a fúria parasse, 
que tudo o mais fosse também aquilo que não acho mais no mundo, 
como perdão e sossego. 
Eu quero me aliviar de Deus, eu quero me aliviar dos deuses. 
Eu quero me aliviar dos homens, 
Eu quero me aliviar da humanidade e desta forma, 
voltar ao meu ser original 
para refazer minha história. 

E nunca mais ser quem sou 
E nunca mais ser a palhaça de mim 
E nunca mais ser o fingimento do fingimento 
e nunca mais ouvir o que não quero 
e nunca mais ser o que não sou de forma alguma. 
Mas voltar a ser minha própria forma, 
Meu eu, 
Minha essência, 
Meu tudo 
Minha melhor coisa do mundo. 

E criar em mim um sol interior. 
E criar em mim força de vida. 
E me dar o que quero, 
Junto com a paz que quero. 
Junto com tudo o que perdi vencendo 
E tudo o que ganhei perdendo. 

E ser um pedaço de madeira no caminho, 
E ser uma pedra imóvel, 
E ser aquilo que dá serenidade e paz e 
se torna serenidade e paz. 

Para eu nunca mais chorar. 
Para eu nunca mais perder. 
Para eu nunca mais viver 
Para eu nunca mais morrer. 

E sugar de mim tudo aquilo que posso ser 
E de tudo que posso ser, 
Ser mais ainda o que posso ser. 

E deixar de doer tudo o que dói. 
E renascer tudo o que morreu. 
E morrer tudo o que viveu e doeu. 

Até o fim. 
Até eu voltar a ser Deus 
Deus de mim mesma. 

Fátima Braga, 26 de agosto de 2010.


Como vejo Nossa Senhora.

Maria, mãe de Deus. É assim que a vejo. Como mãe de Deus e não simplesmente a mulher que gerou Jesus. Afinal ela carregou no ventre a divindade de Jesus, seu componente divino.Nossa Senhora é um ser divino desde sua origem e única mãe de Jesus. Desde sua origem, ela já era mãe de Jesus, que não teve outra mãe, só ela, mesmo espiritualmente falando. Jesus teve outro pai, José, mas Maria era sua única mãe. Vejo Nossa Senhora moça, linda, um espírito de paz e luz, como só ela sabe ser.Subiu de corpo e alma ao Céu.
    Aqui ela aparece como Nossa Senhora das Graças, um dos nomes que possui, das várias aparições que já fez. Sempre para trazer mensagens ao seres humanos, que ainda vivem na terra.Não concordo com essas doutrinas que dizem que ela é apenas mãe de Jesus.Ela carregou a divindade dentro de si, ficou cheia do Espírito Santo.E mesmo em sua origem, Maria já era um ser divino, pronta para a missão de ser mãe de Jesus. Á falta de outros argumentos, tenho minha sensibilidade de mulher para me falar sobre como sinto dentro de mim a Mãe de Deus. Ela é nossa Mãe, nossa Mãezinha, que nos compreende, fala conosco ao nosso coração. Sempre generosa e gentil, amiga meiga e fiel.Todos nós podemos recorrer a ela nas nossas aflições.Ela vem e nos enche de paz. E pela paz que sentimos a reconhecemos. Ela é toda doçura. Ao rezar para ela, podemos abrir nossos corações. Falar sobre tudo o que nos toma a alma.
     Com tudo isto que escrevi, pretendo fazer uma homenagem à Nossa Senhora. Que é minha doce mãe.