Mundo de Nàrnia.

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Mundo de Nárnia

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Amar

Eu não inventei o poema
Só falei de como me sentia
Quero expressar minha gratidão
Pelo Criador
Que tudo fez pra mim
É preciso entender o que se chama amor.
E amar
Incondicionalmente
Amar além das palavras
Amar além da solidão
Amar além de todo o desamor
Amar.
Não vou criar palavras difíceis para mim
O mundo é o que é.
Mas podemos mudá-lo
Da uma paradinha
E se enxergar melhor.
E ver mais claro
O que está passando sem volta.
Compreendi
Preciso ser mais do que  sou
Mas não preciso me encher de expectativas.
É bom viver e lançar sementes.
O poema não terminou.

Fátima Braga, 8 de outubro de 2013.

Teia

Perder-se em pensamentos...
Delicados... Finos...
Fios da teia de uma aranha.
Ela teceu sua teia
Metro a metro nas linhas que se cruzam.
Perdi-me nesta teia
Ela me envolve e encanta
Com seus brilhos, laços e encantos.
Linda teia!...
Pensamentos meus...
Vou para um lado,
Viro-me pro outro...
Estou fascinada e perdida.
Linda teia de meus pensamentos,
A aranha que te teceu
Está vindo para me devorar.

Fatima Braga, 6 de abril de 1988

Torre para voltar

Estou com sono e não consigo dormir.
Vejo minha caminha de madeira forte,
Colchão macio,
Pronta para me receber.
Mas no meu sono, eu deliro.
Estou vendo mais que a cama.

Se a obscuridade me ajudar,
Que venha me ajudar!
Se é a luz,
Que apareça!
Noto esperanças verdes
Que flutuam sob o céu
E fluem como notas musicais.

O sono provoca estranhas revelações
Exemplo, vejo minha mãe dormir em outro quarto.
Estava mais cansada do que eu.
E o que mais? Está tudo bem.

O outro mundo até agora é vasto e escuro,
E mergulha no meu inconsciente,
E ainda não o descobri.
Faço um jardim sem flores.
Vejo lagos calmos. E tolerantes.
Até soníferas ihas deram entrada
A portas abertas coroadas de marfim.

Fátima Braga, 10 de agosto de 1990

Castelos de areia

Recrio um novo poema
Que fala de mar
O mar infinito
O mar de amar.
Reencontro meu verso partido
E um quê bem grande de solidão
Acho que isso não é tudo
Porque? Não tem razão.
Encho-me da areia da praia
E construo castelos de areia.
Tudo para ver o mar desmanchá-los
Mas ainda assim, eu construo.
Não quero mais a solidão
Nem andar vazio
Quero o fim de todos os buracos
Que levam à perdição.
Vou encantar-me. E lançar uma pedra
É o que me resta fazer.
Como quem acha palavras
Para dizer tudo o que quer.
Noite. Hora vazia
Compreende a ausência de alguém.
Ausência. Tristeza. Não ser feliz.
Mas algo espreita
Nem que seja apenas o tempo.
Tempo de vento
Ausência. Carência.
Mas algo espreita,sim
Nem que seja apenas Deus.


Fátima Braga, 9 de outubro de 2013.