Mundo de Nàrnia.

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Mundo de Nárnia

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Poema de amor

Poema de amor

Éramos o trio
Inseparável
Lindas declarações de amor.
Muitas brigas também
Mas o amor era mais forte

Perdi vocês
Em que parede vocês foram parar?
Só a foto no quadro
Do Reino da Escuridão
Que não existe.

Lá, nos congelamos no tempo
Num momento de felicidade
Passou!

E agora
Vocês são minha inspiração
Vou escrever o mais belo
Poema de amor.

Toda a nossa vida
Foi apenas uma ilusão
Mas era realidade concreta
Se era realidade concreta
Não podia ser ilusão.
E aí, como ficamos?

Sei que sinto falta de vocês
E estou na coisa compensada.
Ainda não aprendi
A dizer adeus.
Adeus? Adeus!
A Deus...


Fátima Braga, 13 de novembro de 2015.


Memória que falta de um dia de amor

Memória que falta de um dia de amor
Tento lembrar
Mas não consigo
O dia em que dei a mão
Só a ti.

Era o cinema,
Era o clarão do poste.
Era a entrada do clube
Era o caminho para a casa.

Mas minha memória não lembra
Isso é tão triste.
Perdi,
O que dissemos
O que fizemos
Por onde andamos
O amor que tivemos.

E nessa ausência
Sobra-me a imagem
Daquela frente de clube
Onde obrigatoriamente passamos.
Nada mais,

Só sei do filme que assistimos
Porque anotei na minha agenda.
Mania salvadora.

E nada mais.
Um dia perdido
Uma data desconhecida
Na memória.
Pois na agenda, ela está lá.
Será  que você me fez
Alguma declaração de amor?
Não sei.

Perdido está o fio da meada.
Perdido talvez para sempre.
Que horror!

E, era só eu e você.
Neste dia, era só eu e você
Adeus, meu amor.
Pelo menos outras lembranças
Eu tenho.


Fátima Braga, 13 de novembro de 2015.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Almas perdidas.

Aconteceu.Não foi porque alguém quis,
Não foi porque alguém pediu.
Aconteceu.Já não chegam as lupas, vigiando tudo?
Tem também o desespero que ronda.
Porque?Foi por um fio, um risco
Que não se cometeu um desatino.
Era destino?Uma voz a calar?
Deixe que as vozes falem
Elas precisam berrar, gritar.
Elas precisam ser ouvidas.
Amor, que tanta necessidade de amor!
Elas pulsam, avançam, necessitam.
É preciso não ter medo.
É preciso deixar que falem.
Elas precisam falar de sua solidão, seu desamparo.
Estão aos grupos, porem cada uma é sozinha.
Estão procurando quem as entenda e escute.
Moram na floresta
Na floresta da solidão
Não tem luz a oferecer.
Só sofrimento.
Sim, elas precisam de amparo.
Precisam da luz de Deus.
Precisam de amor.
E podem retribuir com amor também.
Estão perdidas.
Mas podem se achar.
Enquanto isso, só se deseja que vivam
E encontrem a paz.

Fátima Braga, 30 de julho de 2015.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Pela hora nova.

Tudo vinha dela. A dor, a saudade, a lembrança, tudo.
E vinha devagar, como se o tempo não corresse
E nos deixasse com um gosto amargo na boca.
Uma lembrança tão clara, tão nítida.
Vozes muito claras, que estavam no passado.
Passado amargo, com gosto de fel.
Que vontade de ser feliz!
Que vontade de fazer da nova hora
Uma coisa boa, generosa!
Ecos, apenas ecos
Como se fosse um resto de solidão
Palavra não esquecida
Mas que se foi com o tempo
Aquilo chamado gratidão ainda não havia acontecido
Tinha semelhança com vingança.
Que vontade de fazer da nova hora uma coisa boa!
Que vontade de esquecer tudo aquilo.
Que vontade de colocar um sorriso no rosto
E dizer: "Passou"
Como não era antigamente.
Tomar uma mistura de erva brava
E dizer; "Não é mais!"
Sonhar como se se achasse
E não como quem está perdido.
E que vontade de fazer da hora nova
Uma coisa generosa, boa, gentil, amável.
Tudo vinha dela. Mas aquela hora passara.
Frente ao desconhecido, as letras se acertam
Tomam prumo e de certa forma, se tornam imortais.
É o fruto desta lembrança.

Fátima Braga, 29 de julho de 2015.


domingo, 19 de julho de 2015

Perfume da infância.

Um dia passa, outro vem. Tudo o que resta em nós é a memória das coisas essenciais.Tudo se condensa, como num frasquinho de perfume, onde só de cheirar, as lembranças são despertadas.O jogo de varetas, empinar pipas, a bonecas, a amarelinha, o esconde-esconde, o pega, passa o anel, todos os jogos de infância: tudo isso vem com um sabor especial, dos nossos brinquedos da infância. Caminhávamos livres, como quem comemora uma partida de futebol, com emoção à flor da pele.Tudo fazia parte do novo brinquedo.
     As cadeira jogadas na praia, nadar no mar, sempre com um adulto perto para que não nos afogássemos.Depois tomar aquele banho coletivo com os primos para tirar a areia e mudar de roupa e ir almoçar.Uma pena não ter foto dessas brincadeiras.É só uma lembrança, mas uma lembrança divertida. junto com tantas outras que se foram. Os tios pedindo para a gente dançar, e a sensação de que todos eles estavam olhando a gente.E com a música a gente só pensava em saltar, pular, se remexer.E no fim do dia, o carro que levava a gente pra casa e a gente de manhã, nem lembrava como dormira, como chegara na cama.
O sapato que a gente gostava, mas não cabia mais no pé, a roupa que não cabia mais na gente e era preciso deixar de lado, o início do "Fantástico", um programa cheio de mistério.A gente só assistia porque pai e mãe tinha saído. Tudo se condensa numa coisa só, a infância, onde não faltavam os abraços do pai quando chegava do trabalho.Ou a comida gostosa da mãe na mesa.Brincávamos sem pensar no amanhã. Éramos felizes.
Fátima Braga, 19 de julho de 2015.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

O Homem que adorava Jesus

O homem que adorava Jesus
    Uma coisa era certa: ele adorava Jesus. Pensava: “Cara, ele deu a vida por nos. Foi amigo de todos. Um pessoa assim a gente agradece, louva e reverencia a mais não poder”. Era essa a sua certeza. Sabia o que sentia e porque sentia. E Na sua profissão,como cineasta, buscava falar um pouquinho desse amor. Mas ele sentia que ficava faltando alguma coisa.
     Era viciado em internet. Dizia: “Não surgiu meio melhor para as pessoas se comunicarem. E por escrito. E mandando fotos e vídeos. Melhor que telefone. Em que é uma dificuldade de ouvir as pessoas do outro lado. Assim, louvava a internet em todos os sentidos. Pensava: “Deve haver uma internet no Céu também. Senão como é que os anjos e santos iriam se comunicar? Não acredito que seja só pelo poder do pensamento”
    E foi levando assim uma vida de muito amor ao próximo, auxiliando as pessoas. Quase no fim de tudo, teve uma idéia maluca: “Queria tirar uma foto com Jesus para colocar na internet do céu. Mas ficou pensando:”Será que eu mereço ir até junto de Jesus? Será que vivi minha vida seguindo o que o Senhor falou?Isso não será uma vaidade, não?”
     E assim, já bem velhinho, ele foi pra outra vida. Se surpreendeu com tudo lá. Não era bem como esperava. E pelo que ele viu, era de um jeito diferente que se tiravam fotos. E não existia a internet como ele pensava. Era diferente. Demorou um pouco a se acostumar.
     Um dia, viu São Pedro passando. E perguntou a ele :
-São Pedro, meu maior sonho era encontrar Jesus e tirar uma foto com ele.Será que isso seria possível, São Pedro?
-Meu caro, tem certeza de que não quer fazer isso por pura vaidade? Estamos no céu para praticarmos o bem. E acho que você não falou seu pedido todo, não é?
Ele ficou envergonhado:
-Não na verdade não. Eu gostaria de botar essa foto na internet daqui. Não é como lá no mundo, mas é só porque adoro Jesus e gostaria de ter essa foto de lembrança dele.
-Pense bem!- Respondeu São Pedro. Pense se isso não é apenas uma pura vaidade que está lhe tomando o coração. Vou falar com o Mestre sobre seu sonho. Ele dará a decisão final.
E passou-se tempo. E passou-se muito tempo. Ele continuava a viver ali, mas sempre mantendo a esperança de ser atendido. Ainda se perguntava se era por vaidade que queria aquilo. Mas seu coração lhe respondia que era pelo profundo amor ao Mestre. E nas suas preces, pedia a Deus que lhe atendesse o pedido. Reconhecia que estava vivendo bem, que era uma graça muito grande estar ali. Não se esquecia de modo algum do amor pelos irmãos, em cada alma que encontrava buscava mais um amigo. Deu saudade de fazer filmes. Procurou saber como é que se fazia isso ali e espíritos bondosos lhe explicaram que era diferente, ele teria que seguir outros caminhos e aprender outras coisas. E se dispôs a aprender essas coisas,  E foi aprendendo na medida de sua dignidade e amor ao próximo, que são as moedas que valem no Céu. Mas não esquecia seu pedido a São Pedro.
Já fazia cinco anos que estava ali, em processo de aprendizagem, conhecendo outras pessoas e se enriquecendo por dentro. Num belo dia, voltou a encontrar São Pedro. Perguntou:
-São Pedro, o senhor lembra do pedido que lhe fiz quando cheguei aqui?
-Claro que lembro amigo. Lembro que também perguntei sobre sua motivação. Então, o que concluiu? É por pura vaidade ou por amor ao Senhor?
- São Pedro, tenho trabalhado e aprendido muito. Faz cinco anos que estou aqui e tenho aprendido grandes lições de amor ao  próximo.Acredito que se um dia foi por vaidade, isso se dissipou, restando apenas uma amor muito concreto ao Mestre.
-Deus olha no coração, amigo. Se você está falando a verdade, Deus vai lhe atender. Tenha confiança.
     E São Pedro foi embora. Daí a uns dias ele foi chamado por São Pedro.
-Carlos, tende bom animo. Deus resolveu lhe atender. Falei com o Mestre mais uma vez e ele me disse que agora não restam mais sombras no seu coração. Ele vai lhe atender.
    O cineasta ficou em júbilo.Feliz a mais não poder. No dia seguinte foi chamado por São Pedro que o encaminhou a Jesus, lá naquele lugar bonito que ele vive.
Jesus disse:
-Amigo, seu pedido é uma porta aberta para a vaidade para qualquer pessoa. Até para mim. O motivo que me faz atender o seu pedido, é que é motivado pelo  mais puro amor. E toda obra do amor é uma obra de Deus. Deus não nos dá motivos de suas preferências, mas lê no coração. Venha vamos tirar essa foto e colocar na internet.
Deus não deu nenhuma explicação. Mas estava rindo. Rindo muito. Quando o cineasta finalmente aprendeu a fazer um filme como se faz no Céu, o próprio Jesus foi assistir. Certo de que ele continuaria evoluindo muito e dando muitas lições de amor ao próximo.

                             Fim.                              

sábado, 16 de maio de 2015

O amor verdadeiro.

Não precisar ser entre um homem e uma mulher.
Tem que ser universal.
Tem que ser solidário
Precisa ajudar.
Tem que ser mais forte que a morte.
Precisa encantar.
O amor verdadeiro não vê distancias.
Ajuda e perdôa.
Ele é poderoso.
Ele é nosso maior bem.
Está recheado de Deus,
Impregnado de alma
O amor verdadeiro é nosso último juiz.
Abrace no amor verdadeiro,
E sinta-se parte da criação.

Fátima Braga, 13 de maio de 2015.

O que pode dar certo.

Hoje só quero saber do que pode dar certo.
Muitos sóis se passaram.
Veio a chuva, que tirou um pouco as coisas do seu prumo
Mas venceram os céus azuis.
Campo de esperança.
Lugar de nunca cobrar.
Os feitos tiveram vez.
Estão registrados em fotos.
Testemunhas mudas do seu real valor.
O abismos não foram em vão, nem as quedas.
Tudo será felicidade. Viva os céus.
Fátima Braga, 13 de maio de 2015.


Criatividade.

Enquanto passa o tempo
Eu vou andando
Me dei espaço hoje
E vou criando.

Prometi nunca mais falar de amor
Viva deste jeito a solidariedade.
Está em meus botões ser tocada
Com tanta criatividade.

O beiral se arrisca a ser móvel.
Tudo pode sair do lugar
Mas eu me dou ao vento
Sem promessas vãs carregar.

Sou assim. Partida e vôo.
É difícil me reterem por mais tempo.
Mesmo assim, em pedras vou pisar.
Quisera eu ficar sem ser ao relento.
De fantasias me faço.
Já beija escuro o peito meu.
Não vou ficar por mais tempo.
Roubando assim o tempo seu.

Fátima Braga, janeiro de 2015.



quarta-feira, 13 de maio de 2015

Foco Exato

Sinto-me anestesiada.
As cordas romperam.
E à luz de meus grilhões
Só a luz de Deus responde.

É um foco exato
Que vai numa certa direção.
 Ainda não sei onde vai dar.
Mas a luz da eternidade vai ajudar.

Aqui me despeço à espera
À espera sempre
Que as luzes voltem a brilhar
Que as coisas boas retomem seu lugar.

Fátima Braga, 4 de março de 2015.