Memória que falta de um dia de amor
Tento lembrar
Mas não consigo
O dia em que dei a mão
Só a ti.
Era o cinema,
Era o clarão do poste.
Era a entrada do clube
Era o caminho para a casa.
Mas minha memória não lembra
Isso é tão triste.
Perdi,
O que dissemos
O que fizemos
Por onde andamos
O amor que tivemos.
E nessa ausência
Sobra-me a imagem
Daquela frente de clube
Onde obrigatoriamente passamos.
Nada mais,
Só sei do filme que assistimos
Porque anotei na minha agenda.
Mania salvadora.
E nada mais.
Um dia perdido
Uma data desconhecida
Na memória.
Pois na agenda, ela está lá.
Será que
você me fez
Alguma declaração de amor?
Não sei.
Perdido está o fio da meada.
Perdido talvez para sempre.
Que horror!
E, era só eu e você.
Neste dia, era só eu e você
Adeus, meu amor.
Pelo menos outras lembranças
Eu tenho.
Fátima
Braga, 13 de novembro de 2015.
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