Mundo de Nàrnia.

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Garras de lobo.

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Escrevo como quem canta
A chuva me traz melancolia
O sereno doce me arrepia
O vento me queima a pele, afia.

As garras de lobo me prenderam
Foi fácil me desgovernar
Pude fazer o que quiseram
Quem quis meu governo tomar.

Cai, cai balão! Aqui na minha mão
Não vou deixar queimar.
Acende uma fogueira em meu coração
Quero ficar aqui, quero ficar!

O vento afia a solidão
As águas do lago abortaram
Vim com meu velho enlanguescer
Apascentar, apascentar, apascentar.

Viajei nos meus sentidos, me achei
Escrevi, pratiquei, criei.
Criei fundos de uma só voz.
Nada tinha a fazer por nós.



Fiz um canto, nada mais
Eu me apaixonei. Eu quis me matar.
Na minha cartada final
Encontrei-me onde não era meu lugar
Meu lugar, meu lugar, meu lugar.
Fátima Braga, 30/05/1996.


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