Mundo de Nàrnia.

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terça-feira, 6 de março de 2012

Poema do divino


Sinto a eternidade dentro de mim
Sinto o beijo chegando com doçura.
Sinto que meu vazio será preenchido
E nunca mais vou sofrer.

Sou um pedaço dessa eternidade
Sou a pedra que se desfez em pó.
Sou o além que está além de tudo  que é visto.
E preencho de luz  os vazios deixados pela escuridão.

Sou um mar abatido pelo vento
Sou a flor que brota do chão
 Sou um vazio que se faz presente,
Sou um pacto de luz na escuridão.

Digo as mesmas coisas ao vento
E ele as sopra até o deserto
Assim, vou me deixando levar em espírito.

Tudo se completa no vazio além de minha estrada.
Admito chão de terra
Para que, batida,
Sirva para ser trafegada pela luz do sol.

Não tenho limites  para meu amor.
Pois tenho da eternidade
O que ela é.
Assim, faço-me farol dos inseguros
E corrimão para os aflitos.

Sou o tempo e não sou nada.
Sou o mar e sou a terra.
Sou o vento e as estrelas na escuridão.
E ilumino quem quiser enxergar.

Sou o chão e sou o pó.
Sou inveja e sou o pão.
Sou milagre e redenção
Sou vazio e sou recheio.


Preencho o universo de estrelas
Acendo o sol amarelo, o vermelho e o verde.
Sou Via Láctea, se vista à distância.
Sou luxúria e sou audácia,
Sou coragem e pé no chão.
Sou cobiça de você,
Inferno no próprio Céu.
Sou devassidão e suor.
Mas não sou a Lei do Cão
Pois perdôo, com compaixão
O amor dos apaixonados,
Que estão redimidos, diante de mim.
Sou o fato e seu perdão.

Dei o Apocalipse a João.
Tudo parou dali por diante
À espera de conclusão.
Faça a sua, dou a mão.
E não espera mais que Eu venha.

Estive à caça de liberdade.
Comi o pão que nem se assou.
Comi fruta azeda, folha verde, raiz.
Besouro também tive por alimentação.
Vieram da Terra criada,
Fruto do meu amor maior.

Quis te dar uma esperança.
Você crê em mim?
Tiro teus olhos da neblina
E te ponho na frente do teu amor.

Agora, me calo
Volto pra onde vim.
Restituo peça barata
Por tesouro de maior valor.
Entrego-me aos meus pares,
E retorno ao meu chão...


Para quem aqui esteve...

                       Fátima Braga, 11/05/2007.

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