Sinto a
eternidade dentro de mim
Sinto o
beijo chegando com doçura.
Sinto que
meu vazio será preenchido
E nunca
mais vou sofrer.
Sou um
pedaço dessa eternidade
Sou a pedra
que se desfez em pó.
Sou o além
que está além de tudo que é visto.
E preencho
de luz os vazios deixados pela
escuridão.
Sou um mar
abatido pelo vento
Sou a flor
que brota do chão
Sou um vazio que se faz presente,
Sou um
pacto de luz na escuridão.
Digo as
mesmas coisas ao vento
E ele as
sopra até o deserto
Assim, vou
me deixando levar em espírito.
Tudo se
completa no vazio além de minha estrada.
Admito chão
de terra
Para que,
batida,
Sirva para
ser trafegada pela luz do sol.
Não tenho
limites para meu amor.
Pois tenho
da eternidade
O que ela
é.
Assim,
faço-me farol dos inseguros
E corrimão
para os aflitos.
Sou o tempo
e não sou nada.
Sou o mar e
sou a terra.
Sou o vento
e as estrelas na escuridão.
E ilumino
quem quiser enxergar.
Sou o chão
e sou o pó.
Sou inveja
e sou o pão.
Sou milagre
e redenção
Sou vazio e
sou recheio.
Preencho o
universo de estrelas
Acendo o
sol amarelo, o vermelho e o verde.
Sou Via
Láctea, se vista à distância.
Sou luxúria
e sou audácia,
Sou coragem
e pé no chão.
Sou cobiça de
você,
Inferno no
próprio Céu.
Sou
devassidão e suor.
Mas não sou
a Lei do Cão
Pois
perdôo, com compaixão
O amor dos
apaixonados,
Que estão
redimidos, diante de mim.
Sou o fato
e seu perdão.
Dei o
Apocalipse a João.
Tudo parou
dali por diante
À espera de
conclusão.
Faça a sua,
dou a mão.
E não
espera mais que Eu venha.
Estive à
caça de liberdade.
Comi o pão
que nem se assou.
Comi fruta
azeda, folha verde, raiz.
Besouro
também tive por alimentação.
Vieram da
Terra criada,
Fruto do
meu amor maior.
Quis te dar
uma esperança.
Você crê em
mim?
Tiro teus
olhos da neblina
E te ponho
na frente do teu amor.
Agora, me
calo
Volto pra
onde vim.
Restituo
peça barata
Por tesouro
de maior valor.
Entrego-me
aos meus pares,
E retorno
ao meu chão...
Para
quem aqui esteve...
Fátima Braga, 11/05/2007.
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