Ás vezes eu me pego pensando
Como era verde meu vale
Como foram bons certos tempos
Que eu não soube aproveitar.
Os cavalinhos corriam
E eu desembestava. Era a infância.
Ou então as paixões vinham sem conta
Qual príncipe encantado
De botina azul.
De responsabilidade, só o outeiro.
Pregão maior de mim
Como quem apregoa a si mesmo
Ou ler Napoleão em Parada de Lucas.
Verde Vale. Incompreendido vale.
Na fila das formigas, passou o quartel.
No cantar dos pássaros, os sonhos de amor
No gotejar da chuva
As lágrimas de abandono
De meu doce vale.
Fátima
Braga, 10 de julho de 2012.
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