Eu já
li tantos livros que falam coisas contraditórias sobre os seres mágicos, com as
bruxas e as fadas. Cada autor faz do seu jeito. Vejo bruxas boas, mas não
lobisomens bons.Fadas em As Brumas de
Avalon tem um sentido, nos desenhos de Walt Disney tem outro.
Como as
vejo? Não sei qual é o certo. Sei que, de tudo, há energias sutis, eu tomam
formas e podem parecer verdade a quem os vê. Quem já encontrou a Comadre
Fulôzinha? Ou um lobisomem? Ou um vampiro? Difícil distinguir lenda da
realidade, embora os filmes de hoje em dia os tratem como realidades. Basta ver
A Garota da Capa Vermelha , filme feito a partir de um conto de fadas.
Crônicas de Nárnia Coloca bem as
batalhas das crianças contra os seres do mal e um a feiticeira branca. E Crepúsculo fala dos vampiros como
realidades.
De
fato, as lendas nunca saíram de nossa cabeça, pois ela é sempre alteradas pelas
nossa imaginação. Eu creio sem crer em tudo. Acho que a imaginação humana é
capaz de criar coisas, com um fundo de verdade que não é como imaginamos. A
Serpente do Mar, por exemplo, seria um enorme dinossauro sobrevivente. Se
sobreviveu até nós. O mito do Holandês Voador tem um fundo de verdade, ele
realmente se condenou a um destino terrível, vagar no mar, sem nunca encontrar
porto. Depois que desafiou Deus. E foi São Miguel Arcanjo em pessoa que o
condenou. É que diz a lenda. Hoje em dia os marinheiros consideram sinal de mau
agouro encontrá-lo no mar. E tantas outras lendas, como a lenda de Tristão e
Isolda, cujo amor aconteceu através de uma poção do amor.
Cada
época teve a sua interpretação das lendas. Nos nossos tempos modernos,
automáticos e informatizados, elas estão sendo revisitadas. Reinterpretadas.
Como em Crespúculo e A Garota
da Capa Vermelha. E Espelho, Espelho
meu! São novas cores para velhas
histórias. Ganham ares autênticos, com corpo de verdade.
Mas
continuam lendas, pois a vida real tem se afastado veementemente da esfera das
fantasias. Sofrem as lendas. Sofremos nós também, que deixamos de criar este
mundo à parte. Afinal, o que seria de nós sem nossas fantasias? E sem nossa
capacidade de imaginar. Não seríamos seres humanos completos. Ainda precisamos
de nossos sonhos e fantasias para liberarmos a carga pesada do cotidiano. É
asim que nos tornamos serem humanos melhores e mais autênticos.
Fátima
Braga, 5 de junho de 2012.
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